segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sessões de cinema cariocas

Estive no Rio de Janeiro no início do mês, e aproveitei para assistir a dois filmes que dificilmente chegarão às salas de projeção de Belém: Simonal - Ninguém sabe o Duro que dei e Apenas o Fim.


Esse primeiro é um documentário, dirigido por Cláudio Manoel (o Seu Créisson, do Casseta e Planeta), Micael Langer e Calvito Leal, que fala sobre a história da ascenção e queda, repentina, da carreira do cantor Wilson Simonal, um dos artistas brasileiros mais importantes da década de 60 e 70.

O início dá destaque a todo carisma, talento e sucesso que Simonal tinha, exibindo trechos de grandes apresentações do cantor negro que dominou as paradas de sucesso do Brasil, quando brancos predominavam.

Em determinado momento do documentário começa a se evidenciar a decaída de Wilson Simonal que, graças a um mal entendido jamais esclarecido, envolvendo agentes do DOPS e seu contador, respondeu processo criminal, foi apontado como o delator que ajudava as forças de repressão do regime militar e teve sepultada, precocemente, sua carreira, em decorrência disso..

O filme é excelente e, com ele, pude esclarecer várias dúvidas em relação ao caso que deu fim a esse gênio da MPB. Me emocionei bastante e aplaudi de pé, junto com todos os outros expectadores.

O mais curioso é perceber que, de fato, Wilson Simonal foi sepultado pelo povo brasileiro a partir daquele momento, e que as gerações seguintes pouco sabem sobre a obra desse artista tão grandioso.


"Apenas o fim" é um filme totalmente produzido pelos alunos do curso de cinema da PUC do Rio de Janeiro, com direção de Matheus Souza, onde a história do término de um relacionamento entre dois jovens é retratada.

O filme também foi todo gravado na própria PUC e tem como protagonistas Erika Mader (mais conhecida como sobrinha da Malu) e Gregório Duvivier, que aparecem em 90% do filme a sós.

No elenco também está o Marcelo Adnet, apresentador do programa "15 minutos", da MTV, mas ele só aparece bem no finalzinho, em menos de 15 minutos (hehehe).

Posso dizer que o filme é muito sincero, mostrando detalhes de uma história de amor que acaba, e isso poderia acontecer com qualquer um de nós.

Eu, que já morei no Rio e já tive relacionamentos amorosos (com início, meio e fim) , senti o filme bem próximo da minha realidade; dei boas gargalhadas em várias das deixas engraçadinhas e fiquei com o coração apertado em alguns momentos mais profundos.

Recomendo os dois filmes. Ótimos!

2 comentários:

  1. quero muito ver o filme do simonal...
    esta história da relação dele com o dops que me intriga

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  2. Cristian,

    Assim que tiver oportunidade, assista. É muito bom!

    Abraços,

    Let.

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