quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Radiohead? Quase não gosto...

Eu apenas tenho todos os discos do Radiohead; não estou querendo ir nos shows da banda, entende?
Nããããoooo!!! Eu não entendo, porque isso é absurdo.
Radiohead tão somente é uma das banda que eu sempre escalei entre "tenho que assistir ao vivo antes de morrer" e, agora que eles vêm ao Brasil, eu estou mais lisa do que nunca.
No momento, tenho procurado mudar de assunto, ou digo que nem gosto tanto, quando alguém vem me perguntar se eu irei aos shows. Isso é deprimente pra mim.
Poxa, eu tenho certeza que esse seria um dos shows mais perfeitos da minha vida pelo simples fato de que cada música do Radiohead tem um significado pessoal, me traz lembranças maravilhosas e, eu sei, eu iria chorar muito, muito mesmo. É, todo mundo sabe, eu sou chorona. Mas esse choro seria sincero, e de felicidade.
Falta pouco menos de 2 meses pro show do Rio, o que eu quero ir, por isso ainda tenho esperanças de que um milagre possa acontecer. De repente, um milionário pode se sensibilizar e me proporcionar essa alegria.
Na verdade, eu já nem escolho mais, iria em São Paulo, se fosse o caso. Sem problemas!
Já desisti do meu Carnaval em Recife, pra esse ano, mas do Radiohead, ainda não.
Se você não é milionário, mas tem umas milhagens disponíveis, dando bobeira, só isso, só, você também pode ter a sensibilidade aflorada. Estou aberta a qualquer tipo de doação, desde que seja de coração.
Brincadeiras à parte, eu quero muito ver o "freak" mais cool de todos os tempos cantando pra mim "I'm amazed that I survived/an airbag saved my life/ in an interstellar burst/ I am back to save the universe", ou qualquer outra música que me emocione.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Banalidades cotidianas

A cada dia que passa me sinto uma sobrevivente. Sou sobrevivente de uma guerra civil ignorada pelas autoridades públicas de segurança. Isso nada mais é que a consequência de muitos anos de descaso com segurança pública preventiva.
O pior é pensar que qualquer atitude que seja tomada agora para tentar deter essa onda de violência que invadiu o Pará, não terá efeito imediato, mas sim daqui há alguns anos, quem sabe na geração de nossos filhos e netos.
Belém é uma cidade cada vez mais insegura, violenta. Chegar em casa, ao final do dia, sem que nada nos tenha acontecido, é uma vitória. Maior vitória é conseguir dormir tranquilo, sem ter a sensação de que a qualquer momento um marginal, o tal esquecido pela sociedade, possa invadir nossa casa e cometer as maiores atrocidades possíveis à nossa família e, a nós mesmos.
Em Belém não existe um local seguro. Não se houve mais dizer "não ande por determinado lugar porque lá é perigoso" , isso não existe mais... e sabe por quê? Porque em qualquer lugar, seja nos bairros nobres ou nas baixadas, é perigoso. Em qualquer esquina mais próxima de sua casa pode acontecer uma barbárie, como aconteceu ontem, na esquina da casa de uma amiga que, até agora, está chocada e revoltada.
Como ela mesma me disse, teve que tirar, às pressas, o sobrinho pequeno da janela do apartamento onde moram, se jogando no chão, porque um tiroteio entre policiais e bandidos tomou conta de sua rua. Não bastasse este susto, em seguida, ela pôde ver de camarote um amigo ser assassinado, em seu carro, por um desses bandidos.
Infelizmente, o jovem procurador assassinado naquela esquina virará um número para índices de violência na cidade e, uma capa de jornal sangrenta que já não choca, mas continua causando medo.
Em pensar que, há menos de um mês, parentes e amigos de um médico muito próximo à minha família, que também foi assassinado numa tentaiva de roubo, acompanhados por uma parte da população que anda revoltada com os absurdos acontecidos, fizeram uma caminhada pela paz nas ruas da cidade afim de alertar e pedir a ajuda do governo do Estado - que tem como obrigação prestar segurança - contra o que já está escancarado há anos em Belém: a violência gratuita.
Onde isso vai parar? Talvez, pra mim, pare no dia em que eu também for mais uma das muitas vítimas de uma terra sem direitos.
Isto é assustador, e está cada vez mais próximo de todos nós. É um problema de anos, décadas, que não será sanado imediatamente, pelo simples fato de que não é assim que se acaba com uma doença malígna que há anos está presente e, pior, vem sendo cultivada. Sim, porque o que não foi tratado, cultivado está.
Eu poderia ficar aqui falando por dias a fio de situações de violência que aconteceram bem próximas a mim, aqui em Belém e em todo estado, mas isso se tornaria repetitivo e mais angustiante.
Queria poder chegar aqui amanhã e escrever todo o oposto deste texto, e isso não ser uma ficção. Queria poder voltar a andar nas ruas e não ter medo.

"Que tempo bom, que não volta nunca mais..."

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Mais do mesmo

Algumas vezes as situações saem totalmente do nosso controle. Isso confunde, revira a cabeça de qualquer pessoa, por mais sã que ela seja.
Prefiro pensar que coisas ruins passam mais rapidamente do que as boas, isso faz de mim uma pessoa otimista, não é? É, mesmo que todo o meu eleitorado diga o contrário, sou otimista. Talvez um pouco chorona e, ainda assim, otimista.
O que preciso agora é de um pouco de coragem e sem-vergonhice.
Sou muito envergonhada para algumas coisas, e isso não me ajuda em nada.
Já tive mais coragem, ando sendo uma covarde. Talvez me falte a tal da loucura pra "reabilitar" essa coragem.
Pelo jeito, é muito melhor perder a sanidade do primeiro parágrafo e virar uma louca, inabalável, cara-de-pau, corajosa, atrevida e, assim, não ser mais tão vulnerável às tempestades da vida.
A vontade é que este ano seja muito melhor que o passado, que coisas muito boas me aconteçam.
Se me verem por aí surtando, já sabem, só estou fazendo a minha parte pra tentar ficar mais feliz.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz 2009!!!

Hoje estou muito mais confiante no novo ano que vem chegando.
Feliz 2009!
Ele vai ser muito bom, tenho certeza. Um ano de recordações memoráveis.
Amém!
Até lá.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Aos pedestres

Os carros não param no sinal vermelho para que pedestres passem; eles param para que nenhum outro veículo os atinjam. Isso, quando param.
Os coletivos não param nos pontos para pegar pedestres; eles têm que "recolher" dinheiro para prestar conta em suas empresas de transporte. O maior exemplo disso são as várias vezes em que acenei para um ônibus, o motorista me olhou, e passou direto.
Ciclistas, então, nem lembram que pedestres existem. Circulam pelas calçadas livremente, na contramão das vias, avançando sinal, fazem uma verdadeira festa e, de quebra, ainda atropelam pessoas, cachorro, gato, galinha, o que estiver pela frente.
Hoje cheguei à cruel conclusão que pedestres são o verdadeiro nada urbano. Nem mesmo pedestres têm respeito por sua "categoria". Consegui ser atropelada por um nesta manhã.
Tudo parecia muito calmo na rua, o que é bem natural em véspera de último dia do ano, às 7h45 da manhã. Me deu uma impressão de que nem carros passavam, até que avistei um, distante e solitário. Como moro em uma das avenidas mais movimentadas de Belém, fiquei surpresa, feliz, me senti no próprio paraíso sem carros, ônibus, nem motos ou bicicletas.
Segui caminhando para meu trabalho, que fica nessa mesma avenida, convicta de que nada poderia me acontecer em um dia tão pacato.
Já me preparando para atravessar à última transversal antes de meu destino, fui arrebatada, até a parede do prédio mais próximo àquela esquina, por um jovem senhor que corria pela rua.
Sem reação alguma, esticada como uma lagartixa na parede, fiquei olhando para o "atleta", perplexa com o que aconteceu. Mais perplexa fiquei quando esse senhor me fez uma careta e foi embora, correndo!
Eu sobrevivi, por isso estou contando esta história.
Que absurdo! Com tantos problemas no mundo, a crise mundial, há dois dias do dia internacional da paz, o homem que me atropela, quando ninguém mais poderia fazer o mesmo, me manda uma careta e vai embora?
É, o mundo está perdido, e eu, toda dolorida.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

E não há tempo que volte, MESMO!

Falta pouco mais de dois dias para que o ano de 2008 chegue ao seu fim. Este foi um ano médio pra mim.
O que quero dizer com "um ano médio"? Nada além de um ano simples, sem grandes surpresas ou complicações. Apenas mais um ano, que talvez não me traga enormes recordações no futuro, nem me agregue algum valor.
Tenho apenas a sensação de que o início era bem diferente do que estou vivendo ao fim. Comecei 2008 com vontade de ser melhor, mais feliz, emagrecer, viajar e estudar mais, voltar a escrever, conseguir um emprego ou estágio em minha área, ser boa filha, neta, amiga, namorada... Enfim, queria voltar a ser eu mesma, a garota entusiasmada de dois anos atrás.
Agora, dia 29 de dezembro de 2008, vejo que não alcancei nenhuma de minhas metas, acho até que piorei.
É estranho me ver chegando a essa conclusão, logo eu que não canso de dizer "a tendência do ser humano é evoluir, melhorar sempre".
Me confesso um tanto desestimulada, saudosa e preguiçosa.
Quanta falta me faz o meu Rio de Janeiro, seus lugares e pessoas que são tão meus. Com toda e qualquer adversidade que vivi por lá, eu era infinitamente mais feliz, corajosa, interessante.
Bem, minha intenção não é ficar lamentando o que passou, muito menos o que deixei de fazer pra que este ano fosse melhor. Quero deixar dito aqui que retomarei as metas não cumpridas e as liquidarei até o final de 2009.
Voltarei a ser a garota carioca, agora, vivendo em Belém. Ou melhor, SEREI mais eu, daqui em diante. Promessa!
Feliz 2009!